sexta-feira, 30 de julho de 2010

Solidão sem remédio



Já ouviu falar em uma frase que diz: "Solidão é você estar entre mil pessoas e sentir falta de apenas uma"?
Pois é. Quantas vezes esse ditado já fez parte de nossas vidas? Quantas vezes já passamos noites em bares, boates, ruas afora, ou mesmo em nossos lares, abandonados como cães sem donos, lado a lado com nosso maior companheiro de toda essa melancolia, o tédio... Fingir que essa carência não possui o poder de nos atingir, pode ser uma saída (se você está a fim de cair na sua própria armadilha).
Você está rodeado de amigos e familiares, o carinho do seu namorado(a) pode ser o melhor do mundo, mas se algo, ou melhor, alguém lhe falta, nada lhe basta. Alguns procuram a solução fingindo haver diversão, outros, preferem aderir a sua forma de depressão. Quem está certo? Se souberem, gostaria de saber a resposta.
A verdade é que quando o tédio bate à nossas portas, quando tudo parece não ter mais solução, as idéias se perdem, as pessoas não nos bastam e nenhum lugar presta. Aliás, por onde anda a razão de todo esse vazio?
Sim, já senti falta de uma, de várias pessoas, que por ausência de alguma circunstância que favoreça, não pude reencontrá-las, não pude me livrar de minhas angústias, mesmo sendo elas momentâneas, corriqueiras, nem me livrar desse sentimento que sufoca, enfraquece.
Já me entreguei por muitas vezes a noites perdidas que, infelizmente, só foram capazes de enganar minhas vontades, sem proporcionar prazeres que me saciassem. Hoje, eu apenas recolho em mim mesma e espero o dia passar. Pronta para mais um dia de solidão sem remédio.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Saudade que não dói



Algumas vezes é preciso um dia para levarmos por toda a vida o que de fato nos marcou. O primeiro beijo, o primeiro dia de aula, o resultado do vestibular, ou apenas um encontro comum. A partir daí, depende de nós se farão parte dos nossos dias, de nossa eternidade, ou se simplesmente todo esse impacto se tornará pó.
A lembrança, a saudade, podem ser as únicas formas de reencontrar com esse momento transformador, mesmo que para isso seja necessário apenas o que o nosso cérebro é capaz de comportar, o nosso pensamento.
Pessoas não vivem apenas de fatos. Vivem de memórias, de saudade. Saudade de alguém que já se foi, saudade daquilo que já possuiu, de um lugar, ou até mesmo, do que já se foi, dos gostos que já teve e das vontades perdidas também.
Não concordo que saudade traga tristeza, traga dor. Nem discordo. Acho muito pessoal, variável. Mas não é de se negar que não existe nada melhor que uma boa saudade, aquela que resgata um bom beijo,uma boa conversa, uma boa ilusão (Por que não?).
Nada como sentir nosso coraçãozinho acelerar mais, bater mais forte e nos fazer suspirar. Nada como reviver mais uma vez o nosso momento, mais uma vez a nossa saudade.

domingo, 25 de julho de 2010

Mulheres bem feitas



Acho impressionante a facilidade que hoje possibilita tornarmos, nós mulheres, perfeitas. Estão aí os meios capazes de fazer sentirmos imortais e maravilhosas. Photoshop, plasticas, é um toque ali, outro corte aqui, e pronto! Prontas estamos para impressionar e enganar quem quer que seja. (Enganar quem mesmo?)
Modelos esbeltas, capas de revistas.. São muitos flashes, retoques, nem se fala. Pouco resgatamos do que nos é dado assim que viemos a esse mundo, cheio de apelos, glamour.. e cirurgias.
O que antes era privilégio de poucos, hoje tomou espaço na vida de qualquer uma de nós.. A sua amiga, sua vizinha, a mãe do seu namorado..
A perfeição ganhou um significado estético, meramente físico, explorativo.
Sim, concordo quando surgem argumentos defendendo a auto-estima feminina, a vaidade. Hipócrita seria eu se discordasse. Mas ao deparar com a velocidade e a intensidade de como esse fato vem se apresentando, realmente me choca. Diante de todas essas revistas, de mulheres tão bem feitas e perfeitas, torna-se difícil tirarmos o chapéu a quem realmente possui o mérito pela beleza que expressa. Apesar de me impressionar muito com essa beleza que ao mesmo tempo que me atrai também me deprime, não abro mão da boa beleza que transcede, aquela que se esconde no brilho de um olhar, de um gesto ou de um sorriso.
Aquela, que nem mesmo um toque mágico possa transformar.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Amor de malandro



Ele diz que a ama.
Ela, inocente, também.
Ele, com flores, engana.
Ela, apaixonada, acredita.
Ele visita, convence, conquista e se vai.
Ela, iludida, confia e cai.
Passado o tempo, ele volta.
Ela, reconstruida, fortalecida, ignora.
Ele, insistente, persiste, vigora.
Ela, cansada, desiste.
Ele, como falso é vencedor;
Ela, a caça, ele o caçador.
E então, ela mais uma vez se dá por vencida;
Já descrente e desiludida;
Mais uma chance ao amor.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Amizade da oportunidade




Engana-se quem se limita a idéia de que amigos de verdade são reconhecidos quando precisamos ou quando estamos afogados na depressão. Não. A amizade também vem da oportunidade.
Oportunidade de dizer um "eu te amo", mesmo que distante, de dar aquele abraço no individuo com quem voce trabalha (ou estuda) que, apesar de todo o estresse que a rotina nos oferece, está ao seu lado todos os dias. Oportunidade de matar a saudade, ou simplesmente sentí-la, de alguem que voce encontra uma vez por ano, mas é capaz de fazer esse encontro unico, e de provar o quão amigo é aquele ali. Oportunidade, hoje, é o que não falta.
Há quem diga que não houve tempo, a distância é sempre um argumento, mas nas condições em que nós, seres humanos, vivemos, não há desculpa que justifique a falta de oportunidade. E-mail, redes sociais, msn, telefone, cartas (embora estejam quase perdendo suas utilidades) estão aí para nos amparar, ou melhor, aliviar nossas saudades, quando tudo o que queremos é estar mais próximos, ou simplesmente não perdermos o contato.
Por isso, digo mais uma vez, que a amizade está de mãos dadas com a oportunidade.
Aqui vai a minha: Um brinde aos meus amigos, que apesar de nao tê-los encontrado em um dia especial e dedicado como ontem, estão sempre aqui comigo, na lembrança e na saudade.