
Comecei a ler um livro cujo titulo é "Mentes Perigosas". Ele trata o assunto psicopatia relacionando o comportamento, como devemos (nós, pessoas mentalmente sadias) nos defender dessa "espécie", e como esta se manifesta sobre o mundo e sobretudo, sobre as pessoas, de maneira friamente egoísta e cruel, além de relatar algumas histórias. Estou amando.
Mas o que venho aqui falar não se trata de crueldade. (Vamos explorar a sensibilidade).
Tarefa nada fácil para muitos. Graças a Deus, estou fora desse grupo.
Hoje, durante uma conversa com minha professora, onde o assunto tratava-se sobre humanização, eis que a mesma sugere perguntas do tipo: Como não se sensibilizar com uma mãe que perde um filho? Ou com uma mulher que acaba de receber a notícia de um câncer de mama? Como não humanizar, se somos nós, inicialmente humanos?
Humanizar. Realmente, como pode ser tão dificil a ideia da humanização nas relações, se somos todos feitos da mesma matéria, todos seres HUMANOS.
A questão é que sensiblidade não é para todos. Alguns nascem com a sorte de obter esse dom, seja lá por qual for a razão.
Privilegiados são eles. (Somos nós - sensíveis que somos).
Ainda me surpreende como a frieza toma lugar ao mesmo tempo que sou pega de surpresa quando me deparo em uma situação onde o sujeito é pura emoção, exala sensibilidade. Estamos tão acostumados em seguir nossos caminhos sem olhar para o lado, que às vezes esquecemos do valor de um olhar e de uma atenção. Estamos acostumados com as noticias de violência doméstica, urbana, com a falta de consciência. Lembrando que digo acostumados e não conformados.
Enquanto a indiferença dificulta a comunicação, afasta o diálogo e a compreensão, a sensibilidade abre as portas, são feitas novas descobertas. Quebra o gelo, nascemos de novo.
Humanização: Porque eu não me tornei humana no dia em que vim ao mundo, mas em todos os dias em que fui apresentada à chamada sensibilidade.