quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Esforço 100 medidas



Hoje quando acordei me determinei a um objetivo: não me atrasar. Saí mais cedo que o de sempre, esperei minutos a fio durante o trajeto até o hospital, onde finalmente cheguei. Na hora! Estúpida fui eu em cair na tentação do elevador, aquele que sempre zomba de nós, pobres acadêmicos a espera de um sinal.
Resumindo, esperei tanto o infeliz chegar, que cheguei atrasada e fui "punida" por isso. Dez minutos de atraso na ficha de avaliação individual. Justo? Não sei.
Todo dia é sempre corrido, estão sempre exigindo tanto de nós, como se a prática já fizesse parte da nossa rotina há anos, como se a obrigação em aprender justificasse a cobrança em mostrarmos sempre perfeição.
Não sei se quando eles foram ensinados e avaliados, foram também dessa forma. Não sei e não importa.
Aliás, uma boa postura também pode esconder um mundo de dúvidas e aflições, nada expressas, pelo simples medo de errar.
O melhor método a ensinar. O melhor método a aprender. O melhor método a compreender.
Compreender. As vezes, é o que basta. Descarta dúvidas, melhora a comunicação, salva a alma.
Que alguns desses que possuem o belo poder de avaliar, julgar e ensinar (por melhor ou pior que seja a técnica de ensino), também aprendam que a exigência desmedida pode fazer parte de um aprendizado, mas ao se tratar de pessoas e não apenas alunos, deve-se compreender. Compreender para avançar. Ficaremos livres para progredir.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Vida racional


Já parou para pensar que, diante de toda correria do dia-a-dia, da nossa rotina que anda sempre nos exigindo pressa, acabamos nos colocando no automático? O nosso racional agradece.
Somos muito prestativos no trabalho (devemos ser), ou se o seu dever é estudar, é na faculdade(ou na escola, depende de quem for) que devemos ser produtivos. Se não, tudo perde o sentido. Nosso dia vai embora como se fosse água.
Mas onde quero chegar com tudo isso, é como exigimos de nós mesmos, muitas vezes, muito mais do que dos outros.
Vivemos em uma constante doação de nossos talentos, ou simplesmente em razão de obrigação.
Devemos ser educados, devemos ser pontuais, devemos ser competentes, respeitar ao próximo, ser cautelosos.. Ah, sem esquecer que quando o bom lar nos espera, devemos ser bons companheiros, acima de tudo, bons pais.
Uma lista não caberia nesse pobre texto que deseja apenas desabafar.
Enfim, chegamos a uma conclusão que no meio de tantas exigências, de deveres e responsabilidades, esquecemos por vezes, quem somos por inteiro, ou quem desejamos ser. Afinal, não dá pra ser 100% perfeito o tempo todo. Concorda?
Nossas vontades ficam de lado, fazendo companhia a nossa parte reprimida, tão excluída quanto nossos desejos.
Meu tempo anda tão curto, que a única hora em que permito-me ousar da liberdade que aflora em mim é quando fecho os olhos. Lá, sim, sou quem eu quero.
Bons sonhos para você.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Mudanças








O mundo dá voltas. Não há do que duvidar. Pode não ser hoje, pode não ser para você, ou amanhã, mas acredite, um dia, a nossa vez chega. Chega para ficar.

Não é de se estranhar que isso aconteça com nós, metamorfoses ambulantes, eternos indecisos, inconscientes disso talvez. Hoje pode ser o amarelo, o morango, a praia. Amanhã, o azul, a uva e a serra. A antiga insuportável, peste, e irritante, hoje nada mais é que a amiga, confidente e irmã. O mesmo vale para os apaixonados. Não vale dizer que amor não se escolhe, nem sempre escolhemos nossas mudanças também, algumas vezes elas simplesmente nos convidam para dançar.

Acredito que essas mudanças se desenvolvem a partir de um conjunto de circunstâncias diversas, onde estão inseridos o tempo, o lugar, e fundamentalmente, as pessoas que nos cercam, tão mutantes como nós.

Que continuemos transformando-nos, evoluindo (ou não), pois o próprio tempo também muda, também passa.

E, sinceramente, nada mais belo que a metamorfose de uma pobre lagarta em uma bela borboleta.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Solidão sem remédio



Já ouviu falar em uma frase que diz: "Solidão é você estar entre mil pessoas e sentir falta de apenas uma"?
Pois é. Quantas vezes esse ditado já fez parte de nossas vidas? Quantas vezes já passamos noites em bares, boates, ruas afora, ou mesmo em nossos lares, abandonados como cães sem donos, lado a lado com nosso maior companheiro de toda essa melancolia, o tédio... Fingir que essa carência não possui o poder de nos atingir, pode ser uma saída (se você está a fim de cair na sua própria armadilha).
Você está rodeado de amigos e familiares, o carinho do seu namorado(a) pode ser o melhor do mundo, mas se algo, ou melhor, alguém lhe falta, nada lhe basta. Alguns procuram a solução fingindo haver diversão, outros, preferem aderir a sua forma de depressão. Quem está certo? Se souberem, gostaria de saber a resposta.
A verdade é que quando o tédio bate à nossas portas, quando tudo parece não ter mais solução, as idéias se perdem, as pessoas não nos bastam e nenhum lugar presta. Aliás, por onde anda a razão de todo esse vazio?
Sim, já senti falta de uma, de várias pessoas, que por ausência de alguma circunstância que favoreça, não pude reencontrá-las, não pude me livrar de minhas angústias, mesmo sendo elas momentâneas, corriqueiras, nem me livrar desse sentimento que sufoca, enfraquece.
Já me entreguei por muitas vezes a noites perdidas que, infelizmente, só foram capazes de enganar minhas vontades, sem proporcionar prazeres que me saciassem. Hoje, eu apenas recolho em mim mesma e espero o dia passar. Pronta para mais um dia de solidão sem remédio.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Saudade que não dói



Algumas vezes é preciso um dia para levarmos por toda a vida o que de fato nos marcou. O primeiro beijo, o primeiro dia de aula, o resultado do vestibular, ou apenas um encontro comum. A partir daí, depende de nós se farão parte dos nossos dias, de nossa eternidade, ou se simplesmente todo esse impacto se tornará pó.
A lembrança, a saudade, podem ser as únicas formas de reencontrar com esse momento transformador, mesmo que para isso seja necessário apenas o que o nosso cérebro é capaz de comportar, o nosso pensamento.
Pessoas não vivem apenas de fatos. Vivem de memórias, de saudade. Saudade de alguém que já se foi, saudade daquilo que já possuiu, de um lugar, ou até mesmo, do que já se foi, dos gostos que já teve e das vontades perdidas também.
Não concordo que saudade traga tristeza, traga dor. Nem discordo. Acho muito pessoal, variável. Mas não é de se negar que não existe nada melhor que uma boa saudade, aquela que resgata um bom beijo,uma boa conversa, uma boa ilusão (Por que não?).
Nada como sentir nosso coraçãozinho acelerar mais, bater mais forte e nos fazer suspirar. Nada como reviver mais uma vez o nosso momento, mais uma vez a nossa saudade.

domingo, 25 de julho de 2010

Mulheres bem feitas



Acho impressionante a facilidade que hoje possibilita tornarmos, nós mulheres, perfeitas. Estão aí os meios capazes de fazer sentirmos imortais e maravilhosas. Photoshop, plasticas, é um toque ali, outro corte aqui, e pronto! Prontas estamos para impressionar e enganar quem quer que seja. (Enganar quem mesmo?)
Modelos esbeltas, capas de revistas.. São muitos flashes, retoques, nem se fala. Pouco resgatamos do que nos é dado assim que viemos a esse mundo, cheio de apelos, glamour.. e cirurgias.
O que antes era privilégio de poucos, hoje tomou espaço na vida de qualquer uma de nós.. A sua amiga, sua vizinha, a mãe do seu namorado..
A perfeição ganhou um significado estético, meramente físico, explorativo.
Sim, concordo quando surgem argumentos defendendo a auto-estima feminina, a vaidade. Hipócrita seria eu se discordasse. Mas ao deparar com a velocidade e a intensidade de como esse fato vem se apresentando, realmente me choca. Diante de todas essas revistas, de mulheres tão bem feitas e perfeitas, torna-se difícil tirarmos o chapéu a quem realmente possui o mérito pela beleza que expressa. Apesar de me impressionar muito com essa beleza que ao mesmo tempo que me atrai também me deprime, não abro mão da boa beleza que transcede, aquela que se esconde no brilho de um olhar, de um gesto ou de um sorriso.
Aquela, que nem mesmo um toque mágico possa transformar.